Prêmios e Punições

Prêmios e Punições

Muitas vezes paramos para pensar sobre qual seria a maneira correta de educar o nosso filho. Será que castigos e punições são positivos ou será que talvez sejam prejudiciais? 

Principalmente quando eles são menores, os adultos muitas vezes utilizam estas práticas para definir limites em algum momento da vida da criança. Maria Montessori sugere trocar as punições por consequências naturais e lógicas. Colocando em prática, é colocar-se no lugar da criança diante da situação e comunicar como poderia ter sido feito de maneira clara, firme e respeitosa, oportunizando o entendimento e a sistematização de novas ferramentas sociais. Desta maneira as crianças além de visualizarem novas possibilidades na forma de agir, também irão crescer mais pacíficos, independentes e responsáveis.

Quando aplica-se punições e prêmios, acaba-se impedindo o desenvolvimento da autodisciplina. O adulto que exerce esses poderes está negando à criança a oportunidade de tomarem decisões completas e de serem responsáveis pelo próprio comportamento. O comportamento da criança não pode estruturar-se pela lógica da barganha.

É comum observarmos famílias que incentivam o bom comportamento prometendo recompensar a criança, e ao mesmo tempo ameaçando-a que será punida se agir de maneira incorreta. Estas práticas não sustentam-se em si próprias, pois terceirizam a intencionalidade da própria ação, impedindo a criança de sentir prazer por fazer o certo, analisar as decisões e tomar decisões sábias.

Ao “ensinar ensinando e não corrigindo”, assim como dialogar com clareza com a criança e dar-lhe opções de como poderia ter solucionado melhor uma situação, incentiva-se a criança a adotar nas futuras situações, decisões mais assertivas, não para evitar punições ou para ganhar algo, mas porque conhecerá as implicações e o impacto de suas ações.

Substituir um castigo, pelas opções acima é possível em todos os tipos de comportamentos, das coisas mais simples – como deixar cair um objeto frágil – para os mais complexos, como saber conviver. O adulto tem que deixar claro para a criança que toda ação leva à uma reação natural e deve equipá-la, de maneira respeitável, de estratégias para saber como melhor agir.